Mpox: entenda essa doença

Também conhecida como monkeypox, a mpox é uma doença causada pelo vírus do gênero Orthopoxvirus.

O smallpox, que é o vírus da varíola comum, apresenta algumas semelhanças com o mpox, pois ambos pertencem à mesma família (Poxviridae) e são do mesmo gênero. Porém o smallpox tem características que afetam apenas humanos, enquanto o mpox afeta primatas não humanos e roedores.

Neste post, você encontra informações sobre essa doença, como sintomas, tratamento, diagnóstico e, o mais importante, prevenção. Continue a leitura!

Quais são as diferenças entre a smallpox e a mpox?

A varíola (smallpox) é uma doença considerada erradicada em 1980, após uma campanha global de vacinação e medidas de contenção do vírus. Quando o vírus ainda circulava, apresentava características de ser mais transmissível do que a mpox, logo mais letal. Cerca de 30% dos casos levaram à morte.

Ambas as doenças se apresentam clinicamente semelhantes, portanto, com os mesmos sinais e sintomas.

O que é a mpox?

A mpox é considerada uma zoonose viral, isso significa que é um vírus transmitido aos seres humanos por meio de animais. Apesar do nome estar relacionado aos macacos, eles não refletem a exata origem do vírus.

O nome ficou popularizado porque o organismo foi identificado nos macacos exportados da África para a Dinamarca, quando foram identificados em laboratórios desse país, na década de 1960. Porém a suspeita até o momento é de que são os roedores que adquirem a doença.

Segundo a OMS, existem dois tipos do vírus: o da África Ocidental, o qual as infecções em humanos são menos graves, e o da Bacia do Congo que, em comparação ao outro tipo, causa uma doença mais grave. 

Ainda é importante ressaltar que, com a divulgação da doença pela mídia, ocorreram casos de crimes ambientais com envenenamento de macacos, por conta do pânico sobre o vírus. Além de ser crime e uma crueldade, a atitude é totalmente irracional, já que a transmissão da doença não está relacionada aos macacos.

Como ocorre a transmissão?

O período de incubação do vírus, que significa o tempo que leva para que a doença se manifeste depois da exposição ao vírus, é geralmente de 6 a 13 dias. No entanto, já foram observados casos de 5 a 21 dias.

A transmissão de pessoa para pessoa ocorre pelo:

  • contato com as lesões causadas pelo vírus;
  • fluidos corporais;
  • saliva;
  • secreções respiratórias;
  • peças de roupa ou toalhas contaminadas.

A OMS ainda aponta que a ingestão de carne malcozida ou de outras fontes de proteína animal contaminadas pelo vírus podem ser um fator de risco para a infecção.  

Quais são os sintomas da mpox?

Os sintomas são divididos conforme a fase da doença. A mpox tem sua fase inicial e a fase de erupções cutâneas. Confira o sintoma de cada uma delas.

Fase inicial:

  • febre alta;
  • dor de cabeça intensa;
  • dores musculares e articulares;
  • fadiga;
  • inflamação dos gânglios linfáticos (linfadenopatia), um sintoma característico da Mpox que a diferencia da varíola humana.

Fase de erupção cutânea:

  • inicia-se com máculas (manchas planas na pele);
  • evolui para pápulas (elevações firmes e sólidas);
  • desenvolve-se em vesículas (lesões cheias de líquido claro);
  • progride para pústulas (lesões cheias de pus);
  • finaliza com a formação de crostas, que secam e caem.

A OMS define os sintomas a partir do tipo de caso, da seguinte maneira:

  • suspeito: indivíduo que apresentar bolhas na pele sem motivo aparente e de forma aguda, localizado em um país onde a varíola do macaco não é endêmica, acompanhada de outros sintomas, como dor de cabeça, febre acima de 38,5°, inchaço nos linfonodos, dores musculares, no corpo, nas costas e fadiga;
  • provável: sintomas semelhantes do caso suspeito, além de outros fatores, como contato com lesões ou materiais contaminados 21 dias antes do início dos sintomas, histórico de viagem para um país endêmico e teste sorológico positivo para Orthopoxvirus;
  • confirmado: sintomas semelhantes ao caso suspeito, mas que a confirmação da infecção ocorreu por meio do exame de PCR em tempo real e/ou sequenciamento do vírus no organismo.  

Qual é o tratamento?

A varíola é um tipo de doença com características de autolimitação, o que significa que pode ser curada com o decorrer do tempo e sem a necessidade de tratamento, apenas administrando os sintomas. Porém alguns casos podem ser um pouco mais graves do que outros, principalmente os relacionados às crianças, às mulheres grávidas e aos indivíduos imunossuprimidos.

O tratamento com o antiviral tecovirimat, específico para o vírus da varíola, é indicado apenas para pessoas com riscos de desenvolver casos mais graves da doença.

Como se prevenir contra a mpox?

A melhor forma de prevenção é pela vacinação. Entre as medidas de prevenção que também podem ajudar, estão:

  • evitar contato direto com pessoas contaminadas;
  • lavar sempre as mãos com água e sabão;
  • utilizar álcool em gel;
  • usar máscara de proteção que cubra nariz e boca.

Em relação à vacina, somente indivíduos maiores de 18 anos estão autorizados a tomar. O esquema de vacinação é de duas aplicações administradas com 4 semanas de intervalo.

A mpox possui baixa letalidade, porém não deve ser subestimada pelo mundo por conta disso. É muito importante adotar e incentivar as medidas de prevenção, por exemplo a lavagem frequente das mãos, o uso de máscara de proteção e a vacinação.

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