Teste do pezinho: por que realizar?

O teste do pezinho, também conhecido como triagem neonatal, é um exame simples, mas essencial, realizado em recém-nascidos.

Esse procedimento envolve a coleta de uma pequena amostra de sangue do calcanhar do bebê. Ele é fundamental para a detecção precoce de diversas doenças congênitas e metabólicas que, se não tratadas a tempo, podem levar a sérias complicações, incluindo deficiência intelectual, problemas de desenvolvimento e até mesmo morte.

Você sabia que a realização desse teste é obrigatória no Brasil e faz parte dos primeiros cuidados de saúde que todo bebê deve receber? Por esse motivo, neste post você vai conhecer tudo sobre o teste, incluindo as doenças que são detectadas. Confira!

Como é feito o teste do pezinho?

O teste do pezinho é realizado por meio de uma punção no calcanhar do bebê para coletar algumas gotas de sangue, geralmente entre o terceiro e o quinto dia de vida.

A amostra de sangue é então aplicada em um papel filtro e enviada a um laboratório especializado para análise. A coleta é rápida e causa apenas um desconforto momentâneo ao recém-nascido.

Quem deve fazer o teste do pezinho?

Todos os recém-nascidos devem fazer o teste do pezinho. É um procedimento universal e obrigatório no Brasil, garantindo que todos os bebês tenham acesso a esse importante exame de triagem.

É essencial que os pais ou responsáveis levem o bebê a uma unidade de saúde para a coleta da amostra no período adequado, preferencialmente até o quinto dia de vida.

Quais são as doenças identificadas pelo teste do pezinho?

O teste do pezinho pode detectar várias doenças, dependendo da extensão do painel utilizado. No Brasil, o teste básico obrigatório detecta as seguintes doenças:

  • fenilcetonúria: um distúrbio metabólico que pode levar a deficiência intelectual se não tratado;
  • hipotireoidismo congênito: uma disfunção da glândula tireoide que pode causar atrasos no desenvolvimento físico e mental;
  • doença falciforme: um tipo de anemia que pode levar a crises dolorosas e outras complicações;
  • fibrose cística: uma doença que afeta os pulmões e o sistema digestivo;
  • hiperplasia adrenal congênita: um distúrbio das glândulas adrenais que pode levar a problemas hormonais;
  • deficiência de biotinidase: uma condição que afeta o metabolismo da biotina, uma vitamina essencial.

Porém a partir de 2021, uma lei foi aprovada para ampliar as doenças detectadas pelo teste, oferecendo uma triagem mais abrangente para:

  • toxoplasmose congênita;
  • galactosemias;
  • aminoacidopatias;
  • distúrbios do ciclo da ureia;
  • distúrbios da betaoxidação dos ácidos graxos;
  • doenças lisossômicas;
  • imunodeficiências primárias;
  • atrofia muscular espinhal (AME).

Qual a importância do diagnóstico precoce dessas doenças?

O diagnóstico precoce das doenças identificadas pelo teste do pezinho é fundamental para o início imediato do tratamento. Isso pode prevenir complicações graves e proporcionar uma melhor qualidade de vida ao bebê. Confira o que o diagnóstico precoce proporciona para cada doença, nos tópicos a seguir.

Fenilcetonúria

Com a detecção precoce, uma dieta especial pode ser iniciada para evitar danos ao cérebro.

Hipotireoidismo congênito

A reposição de hormônios tireoidianos pode prevenir atrasos no desenvolvimento.

Doença falciforme

Tratamentos podem reduzir o risco de crises dolorosas e outras complicações.

Fibrose cística

Intervenções precoces podem melhorar a função pulmonar e a nutrição.

Toxoplasmose congênita

Prevenção de complicações graves, como cegueira, surdez e retardo mental.

Galactosemias

Prevenção de danos graves ao fígado e cérebro por meio da eliminação da galactose da dieta.

Aminoacidopatias

Prevenção de deficiência intelectual com intervenções dietéticas.

Distúrbios do ciclo da ureia

Prevenção de encefalopatia ao evitar a acumulação tóxica de amônia no cérebro.

Distúrbios da betaoxidação dos ácidos graxos

Prevenção de episódios de hipoglicemia potencialmente fatais.

Doenças lisossômicas

Prevenção ou retardamento de danos aos órgãos com terapias de reposição enzimática.

Imunodeficiências primárias

Prevenção de infecções graves recorrentes com tratamentos como imunoglobulina intravenosa (IVIG).

Atrofia muscular espinhal (AME)

Melhoria na força muscular e função respiratória com intervenção terapêutica precoce.

O teste do pezinho é uma ferramenta essencial para garantir a saúde e o desenvolvimento adequado dos recém-nascidos. Sua realização é obrigatória no Brasil e deve ser uma prioridade para todos os pais e responsáveis. A triagem neonatal permite a detecção precoce de várias doenças graves e possibilita o início imediato de tratamentos que podem fazer toda a diferença na vida do bebê. Portanto, garantir que seu filho seja submetido ao teste do pezinho é muito importante para assegurar um futuro saudável e promissor!

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