Varíola dos macacos: entenda tudo sobre essa doença

varíola dos macacos

Também conhecida como monkeypox, a varíola dos macacos é uma doença causada pelo vírus do gênero Orthopoxvirus. O smallpox, que é o vírus da varíola comum, apresenta algumas semelhanças com o da varíola dos macacos, pois ambos pertencem à mesma família, a Poxviridae, e são do mesmo gênero. Porém o smallpox tem características que afetam apenas humanos, enquanto o monkeypox afeta primatas não humanos e roedores.

Em 23 de julho de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o surto multinacional de varíola dos macacos é uma emergência de saúde pública de interesse internacional.

Neste post, você encontra informações sobre essa doença, como sintomas, tratamento, diagnóstico e, o mais importante, prevenção. Continue a leitura!

Quais são as diferenças entre a smallpox e a monkeypox?

A varíola (smallpox) é uma doença considerada erradicada em 1980, após uma campanha global de vacinação e medidas de contenção do vírus. Quando o vírus ainda circulava, apresentava características de ser mais transmissível do que a monkeypox, logo mais letal, pois cerca de 30% dos casos levaram à morte.

Ambas as doenças se apresentam clinicamente semelhantes, portanto, com os mesmos sinais e sintomas.

O que é a varíola dos macacos?

A monkeypox é considerada uma zoonose viral, isso significa que é um vírus transmitido aos seres humanos por meio de animais. Apesar do nome estar relacionado aos macacos, eles não refletem a exata origem do vírus.

O nome ficou popularizado porque o organismo foi identificado nos macacos exportados da África para a Dinamarca, quando foram identificados em laboratórios desse país, na década de 1960. Porém, a suspeita até o momento é de que são os roedores que adquirem a doença.

Segundo a OMS, existem dois tipos do vírus: o da África Ocidental, o qual as infecções em humanos são menos graves, e o da Bacia do Congo que, em comparação ao outro tipo, causa uma doença mais grave. 

Ainda é importante ressaltar que, com a divulgação da doença pela mídia, ocorreram casos de crimes ambientes com tentativas e sucessos de envenenamento de macacos, por conta do pânico sobre o vírus. Além de ser crime e uma crueldade, a atitude é totalmente irracional, já que a transmissão da doença não está relacionada aos macacos.

Como ocorre a transmissão?

O período de incubação do vírus, que significa o tempo que leva para que a doença seja manifestada depois da exposição ao vírus, é geralmente de 6 a 13 dias, mas já foram observados casos de 5 a 21 dias.

O contato com as lesões causadas pelo vírus, bem como fluidos corporais, saliva e secreções respiratórias, além de peças de roupa ou toalhas contaminadas, servem de exemplos de transmissões de humano para humano.

A OMS ainda aponta que a ingestão de carne malcozida ou de outras fontes de proteína animal contaminadas pelo vírus podem ser um fator de risco para a infecção.  

Quais são os sintomas da varíola dos macacos?

De maneira geral, os sinais e sintomas são os seguintes:

  • bolhas ou lesões de pele;
  • ínguas;
  • febre acima de 38,5°C;
  • dores no corpo e de cabeça;
  • calafrio;
  • fraqueza.

Porém a OMS define os sintomas a partir do tipo de caso, da seguinte maneira:

  • caso suspeito: indivíduo que apresentar bolhas na pele sem motivo aparente e de forma aguda, localizado em um país onde a varíola do macaco não é endêmica, acompanhada de outros sintomas, como dor de cabeça, febre acima de 38,5°, inchaço nos linfonodos, dores musculares, no corpo, nas costas e fadiga.
  • caso provável: sintomas semelhantes do caso suspeito, além de outros fatores, como contato com lesões ou materiais contaminados 21 dias antes do início dos sintomas, histórico de viagem para um país endêmico e teste sorológico positivo para Orthopoxvirus.

caso confirmado: sintomas semelhantes ao caso suspeito, mas que a confirmação da infecção ocorreu por meio do exame de PCR em tempo real e/ou sequenciamento do vírus no organismo.  

Qual é o tratamento para a varíola dos macacos?

A varíola é um tipo de doença com características de autolimitação, o que significa que pode ser curada com o decorrer do tempo e sem a necessidade de tratamento, apenas administrando os sintomas. Porém alguns casos podem ser um pouco mais graves do que outros, principalmente os relacionados às crianças, às mulheres grávidas e aos indivíduos imunossuprimidos.

O tratamento com o antiviral tecovirimat, específico para o vírus da varíola, é indicado apenas para pessoas com riscos de desenvolver casos mais graves da doença.

Como se prevenir contra a varíola dos macacos?

A melhor forma de prevenção é pela vacinação. Entre as medidas de prevenção que também podem ajudar, estão:

  • evitar contato direto com pessoas contaminadas;
  • lavar sempre as mãos com água e sabão;
  • utilizar álcool em gel;
  • usar máscara de proteção que cubra nariz e boca.

Em relação à vacina, somente indivíduos maiores de 18 anos estão autorizados a tomar. O esquema de vacinação é de duas aplicações administradas com 4 semanas de intervalo.

Segundo os últimos dados da situação epidemiológica no Brasil, os casos confirmados passam de oito mil, e os suspeitos, de cinco mil. Em relação aos números de casos que evoluíram para óbito, 2 ocorreram em São Paulo, 2 em Minas Gerais e 3 no Rio de Janeiro, totalizando 7 óbitos pela doença.

A varíola dos macacos possui baixa letalidade, porém não deve ser subestimada pelo mundo por conta disso. É muito importante adotar e incentivar as medidas de prevenção, por exemplo a lavagem frequente das mãos, o uso de máscara de proteção e a vacinação.

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