Nomofobia: você tem medo de ficar sem usar o celular?

casal usando celular na cama

A dependência das tecnologias digitais é uma realidade do ser humano moderno. O nível dessa dependência pode variar, mas já é inevitável que ela esteja presente na vida das pessoas.

Você já ficou angustiado quando não podia acessar a internet pelo celular? Checa as notificações várias vezes ao dia? Essas perguntas servem para entender mais sobre o seu comportamento em relação ao uso do celular, cuja dependência excessiva pode gerar um transtorno psicológico chamado de nomofobia.

Para entender mais sobre a nomofobia, quais são os sintomas e como evitá-la, continue a leitura deste artigo!

O que é a nomofobia?

A nomofobia não é uma doença, na verdade é considerada um transtorno no âmbito das dependências tecnológicas. A palavra vem do termo em inglês “No-Mobile-Phobia”, que pode ser traduzido como medo de estar sem o celular. Um outro termo relacionado ao transtorno é síndrome de desconexão.

É importante ressaltar que existe uma questão cultural relativa ao modo pelo qual as pessoas se comunicam, portanto, o celular é uma ferramenta indispensável para a vida social e profissional. Porém a sua conduta com o aparelho pode impactar negativamente a sua vida, causando os sintomas da nomofobia que, segundo alguns especialistas, pode levar a quadros de depressão.

O transtorno está descrito no Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais (DSM), como um distúrbio relativo ao uso de tecnologia.

Quais são os sinais e sintomas da nomofobia?

Por mais que os sinais e sintomas possam variar de pessoa para pessoa, alguns padrões de comportamentos são comumente observados na maioria dos casos, podendo ser úteis para identificar o transtorno em você ou em pessoas próximas.

Apesar disso, lembre-se de que nada substitui as consultas aos profissionais de saúde mental, como psicólogos e psiquiatras, para o fechamento do diagnóstico e tratamento correto.

Com isso em mente, confira a seguir quais são os sinais e sintomas mais comuns:

  • usar o celular por muito tempo: para alguns especialistas, passar muito tempo mexendo no aparelho é um fator importante, mas não determinante para o transtorno;
  • sentir incômodo quando a internet fica indisponível: ansiedade e preocupação quando se está impossibilitado de mexer no celular é um sinal de nomofobia;
  • sofrer por estar longe do celular: sentir medo de perder alguma informação ou contato importante, quando não está na presença do aparelho é comum, porém o sinal de alerta começa quando essa situação gera sofrimentos, como angústia e ansiedade;
  • apresentar baixa produtividade: o uso excessivo do celular pode afetar a vida profissional e pessoal, baixando a produtividade no trabalho ou prejudicando as relações interpessoais, por interagir somente com o aparelho.

Alguns outros sintomas relacionados diretamente ao uso excessivo do celular podem ser:

  • tendinite;
  • ressecamento dos olhos;
  • dores musculares na região do pescoço e coluna.

Como evitar a nomofobia?

O aspecto mais difícil de se desvencilhar do celular é por ele proporcionar a sensação de estar no controle. Saber de antemão o que está acontecendo, responder mensagens imediatamente e conferir curtidas e compartilhamentos das redes sociais são situações que trazem conforto emocional pelo sentimento desse controle.

Por ser, muitas vezes, complicado de perceber quando está exagerando, o melhor jeito de evitar a nomofobia é limitar o uso do aparelho. Confira algumas dicas:

  • não permita o uso do aparelho em momentos no trabalho ou com a família e amigos;
  • prefira, quando possível, encontros presenciais e não use tanto os aplicativos de conversa;
  • evite o uso uma hora depois de acordar e uma hora antes de dormir, para diminuir a ansiedade do início do dia e facilitar que pegue no sono e durma bem;
  • nunca durma com o celular do lado da cama, sendo o ideal manter o aparelho desligado a noite toda;
  • use o modo foco do seu aparelho, caso tenha esse recurso disponível, assim as notificações de alguns aplicativos ficarão pausadas e o impulso de checá-lo será menor.

Caso já esteja em um nível maior de dependência do aparelho, colocar em prática essas dicas será quase impossível. Por isso, se perceber que você ou alguém que conhece está nessa situação, busque ou recomende ajuda de um profissional de saúde mental.

A nomofobia gera um desconforto imenso quando o celular está longe, sendo que deve ser levada a sério para não evoluir para transtornos mentais mais graves, como a depressão. A ajuda médica é primordial para tratar esse distúrbio.

Você passa muito tempo no celular? O que acha da nomofobia? Conte sua opinião para a gente! Deixe seu comentário neste post.

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