Síndrome do edifício doente: um perigo invisível

A síndrome do edifício doente (SED) afeta ambientes fechados e compromete a saúde. Isso ocorre porque a ventilação inadequada favorece o acúmulo de poluentes. Além disso, escritórios, escolas, residências e outros ambientes podem ter umidade excessiva e baixa circulação de ar. Como resultado, esses fatores tornam o espaço um risco para quem passa longas horas no local.
Muitas pessoas trabalham em escritórios fechados e ficam expostas a esses problemas diariamente. Assim, a combinação de poluentes, falta de ventilação e substâncias químicas pode causar sintomas diversos.
Neste post, vamos explicar o que é a síndrome do edifício doente e quais são suas principais causas. Além disso, abordaremos os sintomas mais comuns e como melhorar a qualidade dos espaços internos. Continue lendo para entender como proteger sua saúde e evitar esse problema.
O que é a síndrome do edifício doente?
A síndrome do edifício doente ocorre quando fatores ambientais dentro de um edifício provocam sintomas físicos e psicológicos em seus ocupantes. Escritórios corporativos são os mais afetados, mas a SED também pode ocorrer em hospitais, escolas, indústrias, shoppings, bibliotecas e residências.
O problema surge, principalmente, quando há ventilação inadequada, acúmulo de poluentes ou exposição contínua a substâncias químicas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece essa síndrome desde os anos 1980. Segundo a entidade, a SED ocorre quando 20% ou mais das pessoas que ocupam um mesmo edifício apresentam sintomas inexplicáveis, que melhoram ou desaparecem ao sair do local.
A OMS estima que até 30% dos edifícios modernos podem apresentar esse problema. Construções que priorizam eficiência energética sem considerar a renovação do ar tendem a agravar a situação. Além disso, materiais sintéticos, carpetes, móveis e sistemas de climatização mal regulados podem liberar substâncias prejudiciais à saúde.
Quais são as causas da síndrome do edifício doente?
A SED pode ser causada por diversos fatores ambientais. Entre eles, os principais são:
- má qualidade do ar: ambientes sem ventilação adequada favorecem o acúmulo de poeira, ácaros, fungos e compostos químicos;
- excesso de umidade: a umidade elevada contribui para o crescimento de mofo e bactérias, afetando a respiração;
- produtos químicos nocivos: tintas, colas, móveis novos e produtos de limpeza podem liberar substâncias tóxicas no ar;
- sistemas de climatização mal higienizados: ar-condicionado com filtros sujos espalha microrganismos e impurezas pelo ambiente;
- iluminação inadequada: luz artificial intensa ou insuficiente pode causar fadiga ocular e dores de cabeça;
- ruídos constantes: o excesso de barulho pode levar ao estresse e à falta de concentração.
Quais são os sintomas mais comuns?
Os sintomas da síndrome do edifício doente variam de acordo com a sensibilidade individual e o tempo de exposição. Entre os mais frequentes estão:
- irritação nos olhos, nariz e garganta;
- tosse, espirros e congestão nasal;
- dores de cabeça e tontura;
- fadiga e dificuldade de concentração;
- náuseas e sensação de mal-estar;
- agravamento de alergias e problemas respiratórios.
Se várias pessoas em um mesmo local apresentam queixas semelhantes e, além disso, os sintomas desaparecem ao sair do ambiente, pode indicar um problema estrutural.
Como melhorar a qualidade do ambiente?
Para reduzir os impactos da Síndrome do Edifício Doente, algumas medidas podem ser adotadas:
- melhore a ventilação: abra janelas sempre que possível para garantir a circulação de ar fresco;
- higienize os sistemas de climatização: a limpeza regular dos filtros de ar reduz a proliferação de fungos e bactérias;
- controle a umidade: o uso de desumidificadores e a eliminação de infiltrações previnem o mofo;
- evite produtos químicos nocivos: opte por materiais de limpeza ecológicos e móveis sem compostos tóxicos;
- ajuste a iluminação e o ruído: luzes adequadas e isolamento acústico minimizam o impacto da fadiga e do estresse;
- utilize plantas purificadoras: espécies como espada-de-são-jorge e jiboia ajudam a filtrar poluentes do ar (atenção: plantas tóxicas para animais de estimação).
A síndrome do edifício doente é um problema sério, pois pode comprometer tanto a saúde quanto a produtividade. Além disso, ambientes mal ventilados e com alta concentração de poluentes aumentam o risco de doenças respiratórias e irritações. Portanto, identificar os sinais da SED e adotar medidas preventivas é essencial para garantir um espaço mais saudável. Caso os sintomas persistam, é importante buscar orientação médica. Certamente, relatar o problema à administração do local é um passo fundamental para a solução.
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