Como o barulho excessivo prejudica seu organismo?

Vivemos em um mundo em que estamos cada vez mais expostos a barulho excessivo. Trânsito intenso, obras constantes, aparelhos eletrônicos e aglomerações tornaram o som alto uma presença constante. Muitas vezes, nos acostumamos tanto ao barulho que já não percebemos seus efeitos.
No entanto, você sabia que o barulho excessivo pode causar muito mais do que simples incômodo? Ele afeta diretamente o funcionamento do organismo, interferindo na saúde física e mental. E o pior: seus efeitos podem ser silenciosos, mas duradouros.
Neste post, você vai entender o que é considerado barulho excessivo, como ele afeta o corpo e a mente, quais os riscos à saúde e o que fazer para se proteger. Boa leitura!
O que é considerado barulho excessivo?
O som é medido em decibéis (dB). Nesse sentido, acima de 55 dB durante o dia e 50 dB à noite, o ruído já pode causar incômodos. Além disso, sons acima de 85 dB, como os de grandes avenidas ou fábricas, oferecem riscos à audição com exposição prolongada.
No ambiente urbano, é comum ultrapassar esses limites. Um ônibus em movimento, por exemplo, pode gerar até 80 dB. Concertos, boates e fones de ouvido em volume alto também atingem níveis perigosos.
Ainda é importante destacar que mesmo sons aparentemente normais, quando constantes, afetam o bem-estar. Dessa forma, o organismo precisa de momentos de silêncio para se recuperar.
Quais são os efeitos do barulho no organismo?
O sistema auditivo é o primeiro afetado pelo excesso de ruído. Com o tempo, podem surgir zumbidos, perda auditiva e sensibilidade aumentada aos sons.
Contudo, os efeitos não se limitam aos ouvidos. O barulho contínuo ativa o sistema nervoso, aumentando a produção de hormônios do estresse, como o cortisol. Consequentemente, pode ocorrer a elevação da pressão arterial e tensão muscular.
Além disso, o ruído pode interferir no sono. Mesmo que a pessoa não desperte totalmente, sons noturnos reduzem a qualidade do descanso. Isso compromete a memória, o humor e o desempenho cognitivo. Nos próximos tópicos, você conhecerá as consequências do barulho excessivo para a saúde mental e cardiovascular.
Consequências para a saúde mental
A exposição constante ao barulho está associada a quadros de ansiedade, irritabilidade e depressão. Em ambientes com ruído elevado, o cérebro precisa se esforçar mais para manter o foco.
Isso gera um cansaço mental maior ao longo do dia. Crianças e idosos são especialmente vulneráveis. Por isso, em escolas barulhentas, o rendimento escolar pode cair. Já em idosos, aumenta o risco de isolamento e piora cognitiva.
Ainda que não percebamos, o som alto afeta a sensação de segurança e o equilíbrio emocional. O silêncio, por outro lado, promove relaxamento e melhora o bem-estar.
Riscos cardiovasculares
Estudos apontam que o barulho excessivo aumenta o risco de doenças cardíacas. Isso ocorre porque o estresse causado pelo som afeta a circulação sanguínea e o ritmo cardíaco.
A longo prazo, pessoas expostas a ruídos intensos têm maior chance de desenvolver hipertensão, infartos e arritmias. Dormir em locais barulhentos, por exemplo, pode prejudicar a recuperação do coração durante a noite.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a poluição sonora como uma ameaça significativa à saúde pública. Isso indica a importância de agir preventivamente.
Como se proteger do barulho excessivo?
Evitar completamente o ruído é impossível, mas é possível reduzir sua exposição. Usar protetores auriculares em locais ruidosos é uma boa estratégia.
Em casa, desligar aparelhos quando não estiverem em uso e optar por janelas antirruído pode ajudar. Além disso, buscar momentos de silêncio, como passeios em parques, também é benéfico.
Outra dica importante é reduzir o volume de fones de ouvido. O ideal é manter o som em até 60% da capacidade máxima do aparelho. E, sempre que possível, permita que o corpo descanse do excesso de estímulos sonoros.
O barulho excessivo é um inimigo silencioso da saúde. É importante entender que seus efeitos vão além da audição e podem comprometer o bem-estar físico e mental. Portanto, ter atenção aos níveis de ruído e adotar medidas de proteção são atitudes essenciais para preservar a qualidade de vida.
Você costuma perceber os ruídos ao seu redor? Já sentiu algum desconforto causado por sons intensos? Compartilhe nos comentários!